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Presidente do Irã anuncia investigação sobre morte de Mahsa Amini

Caso gerou revolta na população e já resultou em quase uma semana de manifestações

Declaração de Raisi foi feita após Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas | Wikimedia Commons


O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou, na 5ª feira (22.set), que uma investigação será instaurada para apurar o caso de Mahsa Amini, que morreu sob custódia policial na última semana.


A declaração foi feita após Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, entidade que também pediu esclarecimento sobre o tema.


"Entrei em contato com a família dela na primeira oportunidade e assegurei-lhes que continuaríamos firmemente a investigar esse incidente.


Nossa maior preocupação é a salvaguarda dos direitos de cada cidadão", disse Raisi.


O líder iraniano, no entanto, acusou o Ocidente de hipocrisia e questionou os tiroteios policiais nos Estados Unidos.


A declaração acontece após quase uma semana de protestos em cidades iranianas.


Os manifestantes exigem esclarecimentos sobre Mahsa, que morreu, aos 22 anos, sob custódia da chamada Polícia da Moralidade três dias após ter sido detida.

Ela foi acusada de usar o hijab - véu obrigatório no país - incorretamente, deixando partes do cabelo à mostra.


Apesar da polícia afirmar que o óbito foi causado por um "ataque cardíaco repentino", a família da jovem, assim como boa parte da população, acredita que ela foi torturada.


O caso desencadeou uma enorme indignação nacional, resultando nos piores protestos no Irã desde 2019, quando o governo declarou que aumentaria o preço dos combustíveis.

Na última madrugada, por exemplo, os manifestantes atearam fogo em veículos e delegacias, enquanto algumas mulheres queimaram os hijabs e cortaram o cabelo.


Como consequência, o governo aumentou a repressão contra os civis e restringiu o acesso à internet. Organizações de defesa apontam para 31 mortos e mais de 700 feridos.


 

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