Adauto Ribeiro com a tripulação da Azul Linhas Aéreas
Por Adauto Ribeiro Repórter com inforrmações da greve dos aeronautas e comisários de bordo
No sábado (24), a greve foi suspensa para análise dos pilotos e comissários da nova proposta enviada pelas companhias aéreas, que prevê reajuste de 6,97% nos salários fixos e variáveis, bem como definição do horário de início das folgas e indenização por descumprimento por parte das empresas. Também inclui a possibilidade de início de férias em sábados, domingos e feriados.
Pilotos aceitam proposta de companhias aéreas e encerram greve
Pilotos e comissários aprovaram a terceira proposta das companhias aéreas, intermediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), encerrando greve que durou cinco dias e interferiu diretamente em alguns dos principais aeroportos do país. A votação realizada online teve início ontem (24), às 06h, e foi encerrada neste domingo (25) às 12h.
Sindicato Nacional dos Aeronautas
De acordo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNT), foram registrados 70,11% de votos favoráveis à proposta e 28,80% de votos contra, além de 1,09% de abstenções. No total, 5.834 tripulantes participaram.
A categoria reivindicava aumento salarial e melhores condições de trabalho
A proposta do TST prevê o reajuste pelo INPC dos últimos 12 meses, mais 1% de ganho real, ou seja, 6,97% sobre as partes fixas e variáveis do salário; diárias de alimentação nacionais, vale alimentação.
Além disso, prevê a renovação na íntegra das demais cláusulas sociais, definição dos horários de folgas e a possibilidade de início das férias em sábados, domingos e feriados.
Qualidade do sono das mulheres é pior do que a dos homens
Alterações hormonais e sobrecarga aumentam insônia em mulheres - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Apesar de dormirem, em média, cerca de 12 minutos a mais do que os homens, a qualidade do sono das mulheres é pior do que a dos homens. A informação é do Instituto do Sono, que cita estudos norte-americanos.
Normalmente a duração do período de repouso nos adultos varia entre 7 e 8 horas por noite. Na análise da ginecologista e pesquisadora do Instituto do Sono, Helena Hachul, a pior qualidade de sono das mulheres está relacionada a alterações hormonais e sobrecarga de tarefas, como atividades profissionais e cuidados com a família.
A pesquisadora explica que sono fragmentado, insônia, sono insuficiente, má percepção de sono e apneia obstrutiva do sono estão entre os problemas mais comuns para as mulheres. Parte desses distúrbios é causada por mudanças hormonais que ocorrem na adolescência, nos ciclos menstruais, na gestação e na menopausa.
Além disso, aspectos sociais contribuem para a piora do sono feminino, já que as mulheres realizam praticamente o dobro de trabalhos domésticos do que os homens e passam duas vezes mais tempo cuidando dos filhos.
“Essa sobrecarga de tarefas, somada muitas vezes às atividades profissionais, resultam em privação de sono.
É preciso ver se ela é casada, tem filhos, conta com suporte familiar e trabalha fora. A rotina com múltiplas tarefas e as variações hormonais inerentes ao gênero feminino levam a mulher a precisar de mais tempo de sono. Além disso há o risco aumentado para insônia, que chega a ser 40% superior em comparação ao gênero masculino”, diz Helena.
Fases da vida e hormônios
Segundo Helena, as mulheres na idade reprodutiva tem na primeira metade do ciclo menstrual predomínio de estrogênio e, na segunda, predomínio de progesterona.
“Com isso há as alterações na qualidade do sono que são piores no período pré-menstrual, principalmente se essa mulher tiver Tensão Pré-Menstrual. Há mulheres que têm insônia e outras que têm excesso de sono”.
Outra questão está relacionada a um distúrbio hormonal, o ovário policístico. Esta é uma patologia na qual a mulher tem diversos cistos no ovário que ocasionam a irregularidade menstrual e muitas vezes aumento de hormônio masculino.
“As mulheres que tem ovário policístico têm alterações metabólicas e do ponto de vista de sono apresentam mais ronco e apneia, piorando a qualidade do sono que fica fragmentado”.
A gestação e o pós-parto também contribuem para a baixa qualidade de sono da mulher, variando de acordo com o trimestre pelo qual está passando. No primeiro trimestre é mais comum que haja mais sonolência diurna, no segundo já há maior tranquilidade.
“No terceiro trimestre o sono é fragmentado por conta do aumento do volume abdominal e do tamanho do bebê. Nesse período as interrupções são mais frequentes, podendo haver mais insônia e apneia”.
Helena ressaltou que na menopausa, que marca o final do período reprodutivo, pelo menos 60% das mulheres relata insônia. Neste período há a ausência dos hormônios, o que leva à baixa do estrogênio, causando o aumento das ondas de calor e consequentemente à interrupção do sono.
“Mais de 60% das mulheres na menopausa apresentam insônia e a cada centímetro da cintura que aumenta com a menopausa, aumenta em 5% o risco da mulher ter apneia na pós-menopausa”, explicou a médica.
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