Saiba como foi a articulação da reação do governo à invasão das sedes dos Três Poderes
Lula "enloqueceu" após ser informado de vandalismo no Palácio do Planalto e STF | Ricardo Stuckert
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitava a cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, quando começou a receber os primeiros relatos de invasão ao Congresso Nacional, na tarde deste domingo (8.jan). Preocupado, Lula ligou para os ministros Flávio Dino e José Múcio e para os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, para articular os pedidos de investigação a serem feitos pelo advogado-geral da União, Jorge Messias. O presidente também ligou para os ministros do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com uma pessoa que estava ao lado de Lula, ao saber que os golpistas também invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, o presidente "enlouqueceu", pediu medidas duras e decidiu assinar o decreto de intervenção federal. Lula articulou também a reunião para a criação de um gabinete de crise, e então decidiu se pronunciar sobre os atos.
Ainda segundo a fonte próxima a Lula, quando chegar em Brasília, o presidente quer ter uma conversa a sós com o ministro da Defesa, José Múcio, para entender a demora das Forças de Armadas para agir.
Em seu discurso, Lula afirmou que, se houve omissão no governo federal, a pessoa será responsabilizada. De acordo com a pessoa ouvida pela reportagem, o presidente pode estar "farejando" algo.
Sobre o pedido de desculpas de Ibaneis Rocha, a informação é de que Lula sequer viu até entrar no avião para Brasília.
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