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Bolsonaro usa enigmas e figuras de linguagem; diz que comanda militares e que "nada está perdido"

Presidente voltou a falar com apoiadores no Alvorada; foi só a 2ª fala pública desde a derrota na eleição

Bolsonaro no primeiro encontro com apoiadores depois das eleições | Reprodução


O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta 6ª feira (9.dez), 40 dias após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial.


Foi apenas a segunda fala pública de Bolsonaro desde que perdeu o pleito. No discurso, o presidente pediu união aos manifestantes que fecharam rodovias e se instalaram em frente a quarteis por todo o país -- em favor de pautas antidemocráticas -- e disse que "nada está perdido".


Assim como fez na primeira fala após a derrota -- em rápida declaração a jornalistas no Palácio do Planalto, dois dias após a eleição --, Bolsonaro voltou a posicionar-se como líder da direita, dizendo, entre outras coisas, que, durante sua gestão, despertou "o patriotismo no Brasil", que deve "lealdade ao povo" e que "não é fácil enfrentar todo o sistema".


Em outro momento, rebateu as críticas feitas por apoiadores a ele e às Forças Armadas. "Se algo der errado é porque eu perdi a minha liderança. Eu me responsabilizo pelos meus erros. Não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo."


Ainda em relação aos militares, afirmou que eles são "os grandes responsáveis pela liberdade" e que são subordinados ao povo. A fala dúbia pode fazer referência a um movimento que vem sendo aventado, sobretudo na Aeronáutica, de os comandantes entregarem o cargo antes da posse de Lula.


Sobre o silêncio, de 40 dias, o presidente disse que, "há poucas semanas, se eu saísse aqui e desse bom dia, tudo seria deturpado". "Todos sabemos o que aconteceu ao longo desses 4 anos, ao longo do período eleitoral", acrescentou.


Por fim, em tom mais messiânico, com várias menções a Deus, Bolsonaro disse que o Brasil está em "uma encruzilhada" e quem vai decidir o destino do país é o povo.


Também defendeu os manifestantes, chamando-os de "cidadãos de verdade" e afirmando que está "na hora de parar de serem tratados como outra coisa" e, mais uma vez de forma dúbia, disse que ele os apoiadores vão "vencer": "Se Deus quiser, tudo dará certo no momento oportuno".


Assista à declaração:

Bolsonaro rompe silêncio, diz que comanda militares e que "nada está perdido"


 

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