Recomendação tenta conter novas infecções, por enquanto uso não é obrigatório
Prefeitura de Florianópolis e governo de Santa Catarina recomendam o uso de máscaras – Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Divulgação
Após cinco casos da nova variante BQ 1.1 de Covid-19 em Santa Catarina, o governo estadual e a Prefeitura de Florianópolis voltam a recomendar o uso de máscaras. No entanto, o uso não volta a ser obrigatório.
A Dive-SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) também recomenda o uso de máscaras, higienização das mãos e a prática da etiqueta da tosse. Além disso, “recomenda fortemente” a imunização, tanto das primeiras doses como das vacinas de reforço contra a doença.
Na recomendação, o governo estadual diz que na pandemia da Covid-19, o uso de equipamentos de proteção individual foi uma medida efetiva para prevenção e mitigação da doença, tanto na comunidade como em locais de saúde como hospitais, ou centros de saúde, por exemplo.
O documento também afirma que embora já se tenham passado mais de 30 meses, desde que a Covid-19 foi declarada como Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional, o vírus continua circulando, com capacidade de desenvolver mutações genéticas ou recombinação viral, resultando em novas variantes.
Em Santa Catarina, 54,4% dos indivíduos com mais de 12 anos receberam a 1º primeira dose de reforço e apenas 19,8% de adultos com mais de 30 anos receberam a 2ª dose de reforço.
Já em Florianópolis, que também recomenda o uso de máscaras e a vacinação, 85,23% da população total recebeu a dose de reforço, de acordo com o site “covidômetro Floripa”. No entanto, dos 12 anos ou mais a cobertura de doses de reforço é de apenas 22,2% e dos 18 aos 24 anos é de 63,7%.
Nas redes sociais, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga ressaltou que 69 milhões de brasileiros não tomaram nem a primeira dose de reforço do imunizante e reforçou a necessidade da vacinação.
Infectologistas recomendam uso
Nesta sexta-feira (11), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) defendeu o incremento da vacinação, a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de Covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.
A entidade divulgou nota técnica de alerta, elaborada por seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.
“Pelo menos em quatro estados da federação, já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior”, diz o texto, baseado nos dados divulgados quinta (10) no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.
A SBI alerta que o cenário é decorrente da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pede que o Ministério da Saúde, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tenham atenção especial às medidas sugeridas.
O primeiro ponto levantado pela sociedade científica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação contra a Covid-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia que as coberturas se encontram, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo.
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