Embora haja uma grande procura pelas companhias, as expectativas estão menores do que no ano passado. Saiba mais!
Ao que tudo indica, faltando apenas três meses para chegar nas festas de final de ano, empresas de todos os setores estão se preparando para dar início às contratações para reforçar as operações no fim de 2022. Contudo, embora haja uma grande procura pelas companhias, as expectativas estão menores do que no ano passado. Isso porque são apenas 95 mil vagas, cerca de 11 mil vagas a menos do que no final de 2021, quando 105.723 mil vagas foram estimadas para o mesmo período, momento em que a situação econômica estava retornando. Essas informações foram retiradas de um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).
A razão para que essa diminuição significativa tenha ocorrido é devido ao grande índice de endividamento, que de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio), chega a 78% das famílias brasileiras, sem contar o grande aumento na taxa de juros, os quais chegaram a acumular 8,73% no último ano. Essas são as principais causas do desânimo na hora da contratação de funcionários.
Mas, além dos pontos citados no parágrafo anterior está a situação política, que segundo o especialista em Finanças da CNDL, Merula Borges, ela também é responsável por causar insegurança às companhias, o que acaba refletindo no cenário de contratação, pois o povo ainda não sabe o que esperar do próximo governo.
Veja, abaixo, um comentário feito por Borges:
“Fica uma neblina do que pode acontecer. Os empresários esperam quem vai ocupar a cadeira da presidência e também como vai ser a configuração do Congresso Nacional para entender como estarão as finanças e a situação fiscal do país nesse novo cenário. Além disso, 87% das empresas não demitiram nos últimos meses, então podem ter um quadro mais completo que não justifique a demanda de novas contratações.”
A pesquisa em questão chegou a ouvir aproximadamente 770 empresários, os quais encontram-se em variados setores do comércio varejista e serviços dentro dos 26 estados, incluindo também o Distrito Federal.
Dos entrevistados, somente 26% já está aumentando, ou pretende aumentar, o número de empregados para atender a demanda das festas de final de ano, contra 61% dos empresários que encontram-se incertos quanto ao número de contratação. Além disso, 55% das vagas que precisam ser preenchidas são temporárias, das quais 70% são para três meses de contrato. Tudo isso, ao mesmo tempo em que 17% das empresas escolherão apenas um profissional para ser efetivado. Já os outros 64% dos empresários ficaram sem resposta.
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