Segundo SSP, 13 celulares foram apreendidos
na operação que investiga morte de Alves
Numa operação que contou com a participação do Ministério Público Estadual (MP-BA), a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) cumpriu mandados de busca e apreensão em residências de policiais militares investigados pela morte do subtenente Alberto Alves dos Santos. Segundo a SSP, 13 celulares foram apreendidos no cumprimento dos mandados em Itabuna, Ilhéus, Camacan e Camaçari, na manhã desta sexta-feira (4).
Batizada de Tir Ami (Tiro Amigo), a operação foi executada por equipes dos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), da Força-Tarefa de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsão Mediante sequestro da Corregedoria Geral da SSP, além da Corregedoria da PM.
Os policiais são investigados pela atuação na operação que resultou na morte do subtenente Alves em 27 de setembro, quando também outros três militares acabaram baleados.
RELEMBRE O CASO
Era noite de 27 de setembro. Alves e o sargento Adeilton Rodrigues D ´Almeida, ambos da PM, fariam a segurança do então candidato a governador ACM Neto (UB) durante eventos de campanha em municípios do sul da Bahia e do Médio Sudoeste no dia posterior à ação. Alves morreu no local e D´Almeda, baleado, chegou a ser internado no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna, de onde foi transferido para hospital de Salvador.
Os policiais em serviço estavam na recaptura de um traficante e assaltante de banco conhecido como Buiu, que arrancou a tornozoleira eletrônica horas depois de deixar presídio de Salvador. Na caçada ao criminoso, dois integrantes da quadrilha foram mortos nas proximidades de Uruçuca, município vizinho a Itajuípe. Buiu conseguiu escapar.
Na caçada, já à noite, a polícia teria recebido informações de movimentação suspeita na Pousada Itajuípe, em Itajuípe, onde estavam os policiais Alves e D´Almeida, que fariam a segurança de ACM Neto.
A PM divulgou que os policiais teriam reagido à abordagem. Na troca de tiros, Alves morreu ainda no local, após ser baleado. D´Almeida sobreviveu, e acusa a guarnição de ter usado armas que pertenciam à dupla para fazer disparos dentro do apartamento da pousada. Dois dos policiais que participavam da recaptura de Buiu acabaram baleados na ação.
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