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DESEMPREGO: Bahia é o estado com maior percentual de desempregados do País


Desempregados - Imagem/Divulgação


Apenas seis unidades da Federação acompanharam a redução registrada na taxa de desemprego no País terceiro trimestre frente ao 2º trimestre. Enquanto o índice nacional recuou de 9,3% para 8,7% no período, 21 unidades estaduais permaneceram estáveis.


Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Trimestral, divulgada hoje, 17/11, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Já na comparação com o 3º trimestre do ano anterior, houve queda na taxa de desocupação em todas as unidades da Federação.


No segundo trimestre, a taxa de desocupação havia caído 1,8 ponto percentual [9,3%, ante 11,1% no 1º trimestre], com disseminação da queda por 22 unidades da Federação. Já no terceiro trimestre, a queda foi menos intensa, de 0,6 ponto percentual [de 9,3% no 2º trimestre para 8,7%], e isso repercutiu nos resultados locais por estado”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.


Na média nacional, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 8,7% no terceiro trimestre deste ano – menor taxa desde o trimestre encerrado em junho de 2015, mas com a falta de trabalho ainda atingindo 9,5 milhões de brasileiros, conforme já divulgado anteriormente pelo IBGE.


Veja abaixo as taxas de desocupação por unidades da Federação no 2º e 3º trimestres:

  • Bahia: de 15,5% para 15,1%

  • Pernambuco: de 13,6% para 13,9%

  • Rio de Janeiro: de 12,6% para 12,3%

  • Sergipe: de 12,7% para 12,1%

  • Distrito Federal: de 11,5% para 10,9%

  • Paraíba: de 12,2% para 10,9%

  • Amapá: de 11,4% para 10,8%

  • Rio Grande do Norte: de 12,0% para 10,5%

  • Alagoas: de 11,1% para 10,1%

  • Amazonas: de 10,4% para 9,4%

  • Piauí: de 9,4% para 9,2%

  • Pará: de 9,1% para 8,8%

  • São Paulo: de 9,2% para 8,6%

  • Espírito Santo: de 8,0% para 7,3%

  • Goiás: de 6,8% para 6,1%

  • Rio Grande do Sul: de 6,3% para 6,0%

  • Tocantins: de 5,5% para 5,6%

  • Mato Grosso do Sul: de 5,2% para 5,1%

  • Roraima: de 6,2% para 4,9%

  • Mato Grosso: de 4,4% para 3,8%

  • Santa Catarina: de 3,9% para 3,8%

  • Paraná: de 6,1% para 5,3%

  • Minas Gerais: de 7,2% para 6,3%

  • Maranhão: de 10,8% para 9,7%

  • Acre: de 11,9% para 10,1%

  • Ceará: de 10,4% para 8,6%

  • Rondônia: de 5,8% para 3,9%

Desempenho nos estados


As reduções na taxa de desocupação na comparação com o trimestre anterior foram registradas no Paraná (-0,8 ponto percentual), Minas Gerais (-0,9 p.p.), Maranhão (-1,1 p.p.), Acre (-1,8 p.p.), Ceará (-1,8 p.p.) e Rondônia (-1,9 p.p.).


As maiores taxas de desocupação foram da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Já as menores foram em Rondônia, Mato Grosso e Santa Catarina.


Entre as regiões do país, houve queda no indicador em todas elas, sendo que o Nordeste registrou a maior taxa (12%), e o Sul, a menor (5,2%).


Entre os 10 estados com maior taxa de desocupação, seis são do Nordeste (Bahia, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas).


Taxa de desemprego por regiões:

  • Nordeste: 12%

  • Sudeste: 8,7%

  • Norte: 8,2%

  • Centro-Oeste: 6,5%

  • Sul: 5,2%

Desemprego atinge mais mulheres, negros e jovens


Veja outros destaques da pesquisa:

  • A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 11% para as mulheres, ou seja, a desocupação das mulheres é 59,4% maior que a dos homens – enquanto para os homens a taxa continua abaixo do índice nacional (8,7%), para mulheres segue bem acima;

  • A taxa de desocupação por cor ou raça ficou bem abaixo da média nacional (8,7%)para os brancos (6,8%) e bem acima para os pretos (11,1%) e pardos (10,0%);

  • 16,6% dos desocupados buscavam por trabalho há menos de um mês, 44,5% buscavam de um mês a menos de um ano, 11,7% de um ano a menos de dois anos e 27,2% (ou 2,6 milhões de pessoas) há dois anos ou mais;

  • O desemprego para quem tem ensino médio incompleto (15,3%) foi maior que para os demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 9,1%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%). Para os demais níveis de instrução, os índices foram: Sem instrução (7,9%), Fundamental incompleto (8,8%), Fundamental completo (10,1%) e Médio completo (9,7%);

  • As taxas mais elevadas estavam entre os jovens de 18 a 24 anos (18%) e de 14 a 17 anos (31,7%). Para os grupos de 25 a 39 anos (7,8%), 40 a 59 anos (5,6%) e o de 60 anos ou mais (3,7%), o desemprego ficou abaixo da taxa nacional (8,7%);

  • O número de desalentados(pessoas que desistiram de procurar trabalho) no país foi de 4,3 milhões de pessoas, mesmo número do 2º trimestre. O maior número estava na Bahia (602 mil);

  • A taxa deinformalidade foi de 39,4% da população ocupada no país. As maiores taxas foram no Pará (60,5%), Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%). As menores foram em São Paulo (30,6%), Distrito Federal (29,8%) e Santa Catarina (25,9%);

  • A taxa de subutilização da força de trabalho(percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 20,1%. Piauí (40,6%), Sergipe (36,1%) e Bahia (33,7%) tiveram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina (6,8%), Rondônia (9,1%) e Mato Grosso (10,5%) tiveram as menores;

  • O rendimento médio mensal foi de R$ 2.737 – maior que o do segundo trimestre (R$ 2.640), com aumento em todas as regiões, e maior que o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.670), com expansão no Sul e Centro-Oeste;

  • O rendimento médio das mulheres(R$ 2.380) representou 79,3% do rendimento médio dos homens (R$ 3.001) e ficou 13% abaixo da média nacional (R$ 2.737);

  • O percentual de empregados com carteira assinada no setor privadofoi de 73,3%. O Norte (57,7%) e o Nordeste (57,3%) tiveram os menores percentuais, enquanto o Sul (82,7%) apresentou o maior;

  • O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própriafoi de 25,9%. Os maiores percentuais foram em Rondônia (37,4%), Amapá (34,7%) e Amazonas (32,4%) e os menores, no Distrito Federal (21,1%), Mato Grosso do Sul (22,0%) e Goiás (23,2%).

Informalidade entre domésticos aumenta


A taxa de informalidade registrada no país foi de 39,4% no terceiro trimestre, contra 40% no 2º trimestre e 40,6% no mesmo trimestre de 2021.


“A taxa de informalidade apresentou queda para o total nacional, e as maiores reduções estão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Norte”, afirma Adriana.


Entre a população considerada informal estão os empregados domésticos e do setor privado sem carteira assinada, os empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.


No terceiro trimestre, apenas 25,3% dos trabalhadores domésticos do país tinham carteira assinada. Entre os empregados do setor privado, essa proporção era de 73,3%, com menores percentuais no Norte (57,7%) e no Nordeste (57,3%). Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (81,3%) e São Paulo (81,2%) foram os estados com as maiores proporções. Já as menores foram registradas em Maranhão (47,0%), Piauí (48,5%) e Pará (50,3%).


“No Norte e Nordeste, as altas taxas de informalidade estão associadas à baixa cobertura de carteira assinada nas duas regiões”, diz a pesquisadora.


Dez estados e o Distrito Federal registraram taxa de informalidade acima da média nacional (39,4%). Veja abaixo a taxa de informalidade da população ocupada por UFs no 3º trimestre:

  • Pará: 60,5%

  • Maranhão: 59,1%

  • Amazonas: 57,1%

  • Piauí: 54,5%

  • Bahia: 53,3%

  • Ceará: 2,2%

  • Sergipe: 51,4%

  • Paraíba: 50,7%

  • Pernambuco: 50,6%

  • Amapá: 48,8%

  • Roraima: 48,5%

  • Rondônia: 47,8%

  • Alagoas: 46,9%

  • Acre: 46,6%

  • Rio Grande do Norte: 43,9%

  • Tocantins: 43,6%

  • Goiás: 38,8%

  • Espírito Santo: 38,0%

  • Rio de Janeiro: 38,0%

  • Minas Gerais: 37,8%

  • Mato Grosso: 36,3%

  • Mato Grosso do Sul: 33,7%

  • Paraná: 32,2%

  • Rio Grande do Sul: 31,5%

  • São Paulo: 30,6%

  • Distrito Federal: 29,8%

  • Santa Catarina: 25,9%

Fonte: IBGE


 

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