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ELEIÇÕES: TSE atenta contra as eleições e a democracia, diz Bolsonaro


Em encontro com embaixadores, presidente criticou o sistema eleitoral; não apresentou provas sobre supostas fraudes.

O presidente citou também casos de eleitores que teriam tentando votar nele em 2018, mas não teriam conseguido por algum problema em urnas eletrônicas.


O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o sistema eleitoral brasileiro, durante encontro com embaixadores em Brasília nesta 2ª feira (18.jul.2022).


“Atentar contra as eleições e a democracia, quem faz isso é o próprio TSE ao tentar esconder o inquérito de 2018”, disse o presidente em referência suposto inquérito da PF (Polícia Federal) sobre uma invasão hacker à rede do TSE em 2018. Bolsonaro não apresentou provas.


Bolsonaro é investigado por vazar o inquérito sigiloso da PF sobre o ataque ao TSE. No entanto, durante discurso para os embaixadores, negou que o documento estivesse sob sigilo. Os documentos foram divulgados pelo presidente em agosto de 2021 pelas redes sociais.


“Um hacker falou que tinha havido fraude por ocasião das eleições, falou que ele tinha invadido o TSE”, declarou o presidente. Segundo Bolsonaro, o inquérito foi aberto no mês seguinte do 2º turno das eleições de 2018, mas que até hoje ainda não foi concluído.


Além disso, o chefe do Executivo mencionou supostos documentos da PF apontando a vulnerabilidade do Tribunal. “Aquilo é mais do que um queijo suíço, é uma peneira”, disse. De acordo com ele, “hackers ficaram por 8 meses dentro dos computadores do TSE”. Ele também negou que esteja preparando um golpe nas eleições de 2022.


“Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça […] O que mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado”, disse.


O presidente citou também casos de eleitores que tentaram votar nele em 2018, mas não teriam conseguido por algum problema em urnas eletrônicas. Esses episódios, embora mencionados repetidas vezes por Bolsonaro, nunca foram confirmados de maneira oficial. O chefe do Executivo voltou a falar sobre ter supostos vídeos das eleições, em que a urna mostrava o número 13, do PT, mesmo com os eleitores tendo selecionado o 17 –número utilizado por Bolsonaro à época.


Logo depois das declarações de Bolsonaro, o presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou que uma “personalidade pública importante” divulgou “inverdades” sobre as eleições nesta 2ª feira (18.jul), sem citar Bolsonaro diretamente. Em 13 de julho, o TCU (Tribunal de Contas da União) validou pela 3ª vez a segurança das urnas eletrônicas.


Segundo o relator da auditoria, Bruno Dantas, o TSE tem planos de contingência voltados à capacitação de pessoal, reserva técnica e orçamentária para as eleições e condições de lidar com possíveis problemas nas urnas, como ataques cibernéticos.


REUNIÃO COM EMBAIXADORES


Bolsonaro preparou um arsenal de respostas aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE para apresentar a embaixadores nesta 2ª feira (18.jul.2022), em Brasília. Segundo o Palácio do Planalto, o objetivo é “aprimorar os padrões de transparência e segurança do processo eleitoral brasileiro”.


O presidente decidiu realizar o encontro depois de o ministro Edson Fachin participar de evento com diplomatas sobre as eleições deste ano e o sistema eleitoral brasileiro. Fachin foi convidado para a reunião desta 2ª feira, mas recusou. Participaram do encontro, além dos diplomatas, os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bruno Bianco (Advocacia Geral da União) e o presidente do STM (Superior Tribunal Militar), Luis Carlos Gomes Mattos. Presidentes de tribunais também foram convidados.


 

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