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Enquanto o governo corta dinheiro da Educação a UESC desperdiça recursos com vagas ociosas

Dando Leone Defende o Bônus Regional de 20% para estudantes do TLS


Vereador Dando Leone (PDT) aqui na Câmara Municipal e o senador Flávio Arns (PODEMOS) no Senado Federal, pautando a Educação como prioridade - Foto/Divulgação


As despesas e os investimentos na educação pública brasileira vêm diminuindo desde 2016 e a recuperação do setor deverá ser lenta, segundo debatedores que participaram de audiência pública interativa na Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia, nesta segunda-feira (7) no Senado Federal.


O presidente do colegiado, senador Flávio Arns (Podemos-PR), disse que a área da educação sofreu “severos cortes” nos últimos anos e que os investimentos precisam ser urgentemente retomados.


A situação entre Ilhéus e Itabuna e em toda região do TLS é de total descalabro. Dorival Filho, professor universitário de Ilhéus denunciou nas redes sociais, que a Universidade Estadual Santa Cruz (UESC), situada naquele município, mantém ociosas vagas em um dos cursos mais concorridos entre os estudantes. Segundo o professor, das 40 vagas disponíveis para o primeiro ano da graduação, apenas 28 estão ocupadas.


Já o vereador Dando Leone (PDT) se indignou com os cortes da educação, denunciados pelo senador Flávio Arns (PODEMOS), porque enquanto se fazem esse cortes nos recursos para uma das principais áreas da sociedade brasileira, a UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz se dá ao luxo de queimar recursos públicos com vagas ociosas, justamente quando muitos alunos ficam de fora da educação pública de nível superior.


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Vereador Dando Leone (PDT) fica indiguinado com vagas ociosas no Curso de Medicina na UESC, enquanto alunos de Itabuna e Ilhéus, ficam de fora


Concordando com o posicionamento do vereador Israel Cardoso (AGIR), Dando Leone (PDT) endossou também a proposta de criação do bônus regional no processo de seleção da UESC, que seria o acréscimo de 20% na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de alunos da região onde se encontra a instituição de ensino – prática já adotada por outras universidades públicas do País.


Para o professor Dorival Filho, o problema acontece porque estudantes de outras regiões que foram aprovados no curso acabaram sendo chamados posteriormente em universidades mais próximas de onde moram e abandonaram a instituição no sul da Bahia. O professor diz que isso acontece porque a Uesc aderiu ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que abre concorrência nacional.


“É um absurdo, é inaceitável que a Uesc continue fazendo isso com os alunos que sonham fazer medicina. É preciso entender que a universidade pública veio para o interior para atender a população do interior. A UESC não foi criada em Ilhéus para atender o Brasil, ela foi criada em Ilhéus para atender a juventude desta região. É inacreditável, é revoltante”, pontua.


A vice-presidente da subcomissão, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), afirmou que o debate mostrou que houve “retirada dos investimentos” da educação nos últimos anos. Segundo ela, o governo Bolsonaro nunca priorizou o ensino público.


O que acontece com a educação no Brasil causa indignação em todos. — Eu acho criminoso o que se está fazendo com a educação deste país — disse Zenaide. O senador Wellington Fagundes (PL-MT), que é o relator da área da educação no Orçamento 2023 (PLN 32/2022), garantiu que os parlamentares, ao votarem a peça orçamentária, vão buscar priorizar mais investimentos no ensino no ano que vem.


 


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